domingo, dezembro 05, 2004

Mais sonhos com os que foram...

Telefonei para o mano e ele me contou que receberam um pacote de presente, que viera com uma bomba atômica. Os remetentes foram bolivianos. Corri, assustada, para o trabalho dele. Estávamos eu e minha filha. De repente, o capitao que o assessora nos deu carona, numa caminhonete. Parece que ia nos levar para algum lugar seguro, pois estávamos todos ameaçados. Ao seguirmos perto do Lgo do Arouche, vimos minha mae passando pela rua. Estava com uns 65 anos, cabelos bem pretos, roupa estampada (do qual me lembro) e guarda chuva. Caía uma chuva fininha.Acordei e pensei: "Que bom, estamos bem. Ela nos protegerá."

Voltei a dormir e tive outro sonho.

Estávamos reunidos em uma grande mesa ao ar livre, enfileirados como nas antigas recepções de casamento no interior. Muitos homens engravatados. Entre eles, meu pai, muito feliz. Estávamos recepcionando um primeiro-ministro japonês. Não era Koizumi, era um senhor mais velho e calvo. Não era a cara do ex-ministro Tanaka, mas o nome dele era Tanaka. A grande estrela da recepçao era meu falecido irmão. Enquanto ele nao se aprontava, eu fazia sala pro ministro. Meus dois outros irmaos (um deles falecido também) preparavam uma enorme carne assada (parecia um coxao duro na chapa). Só que o gás estava quase acabando e eles tentavam apressar o processo com um forno elétrico. Sugeriram que picasse e colocasse uma parte numa panela de pressão. Fiz isso e fui chamar a estrela da festa. Ele estava se arrumando, juntamente com a esposa. Eram jovens, imagem de uns 30 anos atrás. Ela usava um vestido xadrezinho de tecido "ana-ruga" e ele estava de terno, só que com um estranho colete xadrezinho vermelho. O paletó era de tecido brilhante, azulado. Mas estava bem, com o rosto muito bonito e sereno, melhor até da aparência do qual me lembro dele no casamento (em 69 ele estava gordinho de rosto). Saí com eles do local onde se arrumaram para o local da recepçao. Tinha de abrir passagem entre as pessoas. Alguém avisou que haviam seguranças para essa função. Depois de indicar quem era o ministro, fui buscar a carne assada na panela de pressão. Mas, durante a caminhada, tive de atravessar uma enorme banheira com uma espuma grossa e eu, literalmente, entornei o caldo. Junto foi um punhado de carne cortada em cubos também. Alguém me ajudou e eu, disfarçadamente, catei os pedaços e empilhei numa taça daquelas destinadas a sorvete banana split. Meu pai esticava o pescoço e aguardava a chegada de meu irmão, ao lado do ministro. E ele ia abrindo espaço no meio do povo em direçao a eles.