sábado, março 12, 2005

Alice me falou que está com sinais de depressão. Talvez eu esteja também. Mas não creio que seja uma "anormalidade". Estou num mundo reflexivo, triste... As pessoas me magoam muito. Ou seja: gestos que em outras fases não me chateavam agora batem fundo.
Tudo é dolorido. Mas nem por isso me acho pessimista. Me desanima a falta de pessoas para conversar. Me desanima a falta de opções de lazer. Também não me animo a fazer nada que exija muito esforço. O calor me deixa mal.

Sabe o que faz falta? Faz falta alguém que olhe pra dentro dos meus olhos... Faz falta alguém que aperte minha mão... Mas, na terça feira, se tudo der certo, vou resolver isso! Vou ver o moço do parque...

sexta-feira, março 11, 2005

Descobertas no Orkut

Passeando pelas quebradas do Orkut encontrei um primo em segundo grau da região de Ribeirão. Fui pelo sobrenome de solteira de minha mãe. Aí, de repente, no fotolog dele, dei de cara com meu tio, falecido em setembro. A foto era do níver de 90 anos, ocorrido em 2003. Fiquei emocionada. Chorei de novo... Conversei depois com Alice. As coisas que acontecem conosco são muito semelhantes... Incrível.

quinta-feira, março 10, 2005

Calor, mal-estar, tpm... não aconteceu nada! Ou aconteceu?

Ontem, tive maior chilique quando me preparava pra sair. Desisti. Não botei os pés na rua. Tô cheia de brotoejas. Mas agora melhorei de astral, apesar de ligeira dor de cabeça e outras coisitas. No final da tarde, soube que foi o dia mais quente deste verão. Por enquanto.

Vi meu amigo Nelson tristinho. Falando de saudades... Acho que consegui reverter o astral brincando um pouco com as palavras. Vejam alguns trechos do nosso papo, na tarde calorenta de hoje:


Saudades, flores e frutas


- Quanto à saudade.. acho que é uma coisa boa... Nao tem problema ser perfume de flor morta.. Importa qual é a flor .Algumas flores nem cheiram bem quando vivas...
- Comecei pensando nisso..depois percebi por dentro que não estava bem ...
- ...outras têm perfumes eternos...
- Verdade...
- Mas, de modo geral, eu nao gosto de perfumes florais... Prefiro outros cheiros.. de frutas.. limao, lima.. melancia...
- Cheiro de lima é muito bom...
- Eu adoro... Aliás, chupei uma lima da pérsia há pouco..
- Hummm..e nem me ofereceu...
- E tb gosto muito de mexerica carioca.. daquela pequena...
- Aquela azedinha?
- Gosto do cheiro que fica nas maos.. nao há nada que tire quando descascamos com a mao..
- Tb gosto...
- Prfume de flor, só gosto daquelas que nem sao muito famosas pelas pétalas.. como calêndula...

Amores para apolínea

- Não se preocupe..Amores vão, amores vêm..
- Mas.. vc acha que é isso mesmo? devo tentar ir ao museu?
- P q não? Talvez seja a forma de abordagem por parte dele..
- Penso que ninguem fica chamando outra pessoa toda semana, sem algum interesse extra...
- Pois é...
- Ou nao... ele faz parte dos 0,02%
- Vc é muito apolínea...rsss
- Que isso? vou consultar .. ?Pessoa obejtiva, pragmática. dada a números, estatisticas.. deus da luz, das artes e da adivinhação, que se caracteriza pelo equilíbrio, sobriedade, disciplina, comedimento.? hmmmm.. Nao sei o que vc quis dizer...rsrsrsr.. mas, vá lá!
- Contrario de Dionisíaco...
- Entendi..
- Quando a gente nao se conforma, começa a ver as coisas matematicamente... buscar razao... Mas é claro que as coisas nao sao assim..
- Realmente não...Com régua e compasso não se mede a subjetividade do coração..
- Todos os apaixonados são rídiculos..a paixão é efêmera...
- Mas... basta tao pouco pra nos apaixonarmos... é feito vírus.Vem do nada.. basta encontrar uma alma desprotegida ... Tô aprendendo as metáforas com vc... ehehehe
- E como as almas ficam desprotegidas para celebrar a paixão... Logo logo me deixa no chinelo..hehehhehehe
- Tristezas tiram a imunidade E entao, ficamos mais suceptíveis a nos apaixonarmos por um qualquer.. ou qualquer um .
- Nossa..rss
- ..Porque qualquer um é pior que um qualquer...
- huhuh
- Tá com a corda toda.hoje
...

quarta-feira, março 09, 2005

Reflexão

"Escrevo simplesmente. Como quem vive. Por isso todas as vezes que fui tentada a deixar de escrever, não consegui. Não tenho vocação para o suicídio. Um jornalista me perguntou: Por que é que você escreve? Então eu lhe perguntei: Por que você bebe água? A honestidade é muitas vezes uma dor.? - Clarice Lispector

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Sem pretensão de me comparar à Clarice, escrevo por necessidade. Escrevo e leio o dia inteiro. É meu trabalho e meu lazer. Minha vida... Choro escrevendo e rio escrevendo. Observo as palavras na tela e nas suas formas, sinto as emoções contidas...
Aí, neste instante, novamente, me lembro do Meu Poeta. E novamente vem a dor. Dor que não pode rimar com amor... Que droga!

Mais um trecho de e-mail enviado à Alice:

"Sei bem o que é lágrimas espirrarem incontrolavelmente. Não considero isso um quadro depressivo. Penso que talvez sejam reflexos de mensagens saudosas que vêm de algum lugar... Penso que de olhos lavados podemos enxergar melhor este mundo poluído...
Mas por que devemos lamentar estes momentos? Assim como fomos mães simultaneamente, estamos vivenciando juntas as perdas... Pois eu sempre digo: que bom que tenho pelo menos uma amiga que me entende!"


Medo de blog

Alguns dos meus amigos têm medo de ler este blog. Engraçado, ne? Ou lêem e não me contam. Ainda não sei bem. Mas impus leitura compulsório a dois deles, a quem considero mais do que meus irmãos: Alice e Eduardo.

Eu gostaria de ver Alice neste mundo internético, na lista do Orkut e do MSN. Mas ela tem outras prioridades. Muitas. Resta apenas o telefone...

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Ontem reencontrei Cláudio no msn. Foi com ele o encontro mais singelo e mágico dos últimos tempos. É o moço que nasceu 8 horas antes de mim. Muitos acontecimentos criaram lacunas em nossos contatos. A última tentativa de conciliarmos nossas Luas foi quando Sol entrou no nosso signo. Mas bem quando isso aconteceu, minha mãe se machucou e eu perdi as rédeas de minha própria vida. Havíamos combinado um café da manhã para comemorarmos nossa constelação... Depois, falamos algumas vezes quando eu estava na estrada, naqueles cansativos vaivéns. Aí, depois veio o final de ano, férias... ele com as crianças... e eu com minhas lágrimas e outros afazeres..

Eu fiquei tão bem só em falar com ele!

Explico: o que eu sinto por ele nada tem a ver com o que eu sinto por aquela outra pessoa, entendem? Nem com Julius. Esse é um caso encerrado. Não o classifico como "falecido", mas pra mim é como se ele tivesse se mudado de país. Tentarei lembrar das coisas boas ao lado dele.

Perceberam? Agora perdi a liberdade de falar dos meus "casos" todos. Sabem por quê? Porque revelei o blog a algumas pessoinhas....
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Dia 7 fez 7 anos que perdi meu irmão mais velho. Até hoje não chorei a morte dele. Se existe aquela teoria de tempo pra chegar ao outro lado... Que será que aconteceu com a alma dele? Por outro lado, se existe um Deus que tudo compreende e perdoa, acredito que tenha compaixão pelos seus filhos mais sofridos.

Não sei se realmente acredito nisso. Mas gostaria que fosse assim.

Também vale aqui o preceito japonês de se redimir diante da família e da sociedade num gesto extremo. Certamente, o choque fez com que todos nós, seus parentes, apagássemos qualquer rancor que antes alimentávamos. Eu o perdoei, do fundo do coração... não pelo último gesto em si. Por tudo. E meu pai... deve tê-lo acolhido com aquela esperança que depositou no menino. No menino de quem tanto exigiu, a quem tanto cobrou, em cujos ombros tanto peso depositou...

Alice me escreveu comentando o post sobre a "geração sanduíche." Criticou a frieza da reportagem citada. E eu concordei com ela, dizendo:

"Como sempre, nossos coleguinhas foram muito insensíveis, apenas se baseando em depoimentos. Percebe-se que quem escreveu nunca vivenciou nada. Analisam matematicamente os sentimentos. Trataram o assunto como qualquer outro tema, muito friamente."

É isso... Tal qual falar de sexo como sequência de orgasmos. Aperta aqui, lambe ali, sobe por lá, desce ali , vem a satisfação merecida e pronto! De repente, tudo se resume ao ato de descarregar a pilha, trocar o óleo ou algo parecido...

Não dá pra teorizar cientificamente sentimentos, emoções ou prazer...

terça-feira, março 08, 2005

Saudosismos envelhescentes

Desde que Rute* comentou que as coisas que escrevo até parecem de adolescente, encuquei um pouco. Primeiro sobre minha vida, meu jeito de ser. E depois, sobre meu texto... Aí, fico espantada ao ver como as crianças cresceram, a começar por minha filha. Assusta-me imaginá-la daqui a três anos no comando de uma tropa, definindo estratégias. Também penso no sobrinho Hugo* já disparando sentenças, lá no interior. E a sobrinha que outro dia vi nascer e já é diretora de ensino!
Volto no tempo até quando cheguei em Sampa, aos 18 anos, me achando dona do nariz.
Todas as vezes que passo pela Boca do Lixo, ainda me sinto igual a garota que desembarcava na praça Princesa Isabel, seguindo a pé por aquelas quebradas, rumo à avenida senador Queirós onde morei. Ficava me perguntando o que Timbiras teria a ver com Triunfo além da mesma inicial. Aí deparava com Vitória e Aurora e imaginava as ligações que levaram a aqueles nomes, de batalhas, militares e tupis. Ainda não achei a resposta e, quando vou à Santa Efigênia, repito as indagações.
Lembro-me também da minha prima Terezinha, que me acolheu e hospedou... E as recordações logo remetem a meu pai e todas outras pessoas que já não estão mais aqui, especialmente minha mãe. E então, dou-me conta de que é mais do que nunca minha hora de segurar o rojão, sem um colo para me acolher.
Li sobre a geração sanduíche na Veja desta semana. Quando era prensada feito sanduíche, minha mãe e minha filha não me deram trabalho. Nunca passei muito tempo sem dormir por elas. Tampouco me atormentei com preocupações. Ambas me requisitaram apenas uma semana noturna em suas vidas. Realmente não posso reclamar. Só chorar um pouquinho de saudades de quando era recheio. Agora tô a caminho de virar pão. Mas acho que isso ainda vai demorar alguns anos.
(*fictício, mantendo a inicial, como sempre)

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Ontem conheci uma blogueira que fez 78 anos, a Magaly (http://eupensando.blogspot.com/). Quando eu eu crescer, espero ser que nem ela! Daqui a 30 anos, qual será a novidade equivalente ao blog? Fico imaginando que talvez a gente nem precise mais digitar. Os pensamentos voarão para as mentes dos assinantes, onde ficarão nos bancos de memórias de uma área especial que será segmentada nos cérebros humanos. Aí, eu vou dizer: "Naquele tempo em que a gente ficava escrevendo na frente de uma tela de computador... Ah, aquilo que era trabalhar duro!"
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Recordar... e repetir!
Foi em certo dia do final de junho/2004 que escrevi:
Nossa... foi tudo muito lindo. Marcamos para às 16h, em um parque. Cheguei uns 15 minutos antes pois fui de bus, pelo novo corredor. Dali a pouco, ele apareceu. Tímido. Olhos verde escuros. Importa que me olhou lá dentro, nos olhamos... Tomamos café, conversamos... Eu fiquei completamente perdida e sem jeito. Escureceu e fomos nos despedir. Ele ofereceu carona.. eu disse que nao precisava. Enquanto caminhávamos, ele perguntou se eu estava nervosa. Disse que sim. Então, segurou minha mão. Continuamos de mãos dadas. Eu falava sem parar.Pouco antes do portão principal, resolvi parar pra nos despedirmos. Me aproximei e... aconteceu! Um beijo de namoro de adolescentes! De repente, ele me abraçou apertado. Nossos corpos coladinhos. Escutávamos os corações martelando.E a gente, ali no meio da rua. Sensação de que todos presenciavam as reações de nossos corpos.
E entao, a pergunta: "Vc quer?"
E eu: "Quero!"
"Hoje ou outro dia?"
"Hoje!"
Tinha até me esquecido como podia ser diferente com outro alguém de Escorpião. Detalhe: ele nasceu exatamente 8 horas antes de mim!
E vai ter remake! ooooooba!

segunda-feira, março 07, 2005

Nove dias no dia 7?
Tô mal mesmo... Olhei um outro mês qualquer no calendário. Ainda bem que um leitor atento me avisou. Então, nem estou tão atrasada. De repente, recuperei os dois dias que tinham sumido! Não foi nenhum hiato de final de semana. eh, eh, eh!
Lugar dos comentários

Confesso que tentei colocar os comentários no pé do post, com é de costume. Mas ainda não identifiquei como fazer isso.

Na sexta-feira, minha sensação era de estar com o trabalho adiantado. Passados dois dias, já pareço em atraso.

Já se foram 9 dias de março mas ainda paira no ar um ar de fim de férias. As ruas continuam meio silenciosas e parece que a cidade ainda não acelerou. Dá impressão que nem temos novo prefeito ainda. Nada adiantou o carnaval mais cedo...

domingo, março 06, 2005

Estatísticas sobre contatos virtuais

Está confirmado que:
  1. 98% das pessoas que buscam amizades virtuais estão atrás de sexo
  2. 20% realizam o propósito no primeiro encontro
  3. Em 89% dos casos, quando nada acontece no primeiro ou segundo encontro, um dos dois some.

Será que ainda tenho chance?