sábado, junho 18, 2005

perdida

... é como eu estou entre tantas personagens, desde que meu Professor de Literatura, o orientador de minha tese-romance desapareceu. E ele também perdeu os arquivos com alguns episódios de "A dama da Internet", onde garantia que sou eu a musa.

Agora a Pedro Camacho está perdida entre enredos intricados, tantas histórias paralelas. Às vezes já nem sei mais em que post eu fui eu já nem sei se soumaiseu... ou se deixei de ser a novelista para ser pratagonista. Sem pretensões de ser Vargas Lhosa, percebo que muitas personagens fugiram ao meu controle. Abandonaram a terceira pessoa para apossarem-se da primeira.

Nem mesmo Eduardo, meu melhor amigo, consegue identificar a linha divisória entre ficção e realidade. Eu acho que no mundo virtual, as palavras constroem o ser. Afinal de contas, aqui somos o que verbalizamos ser.

Já está mais do que na hora de organizar esta confusão e montar o meu sonhado best seller, muito além de "Os anjos de Badaró".
Só vivendo supostas situações para se ter idéia do que um ser diferente de nós é capaz de fazer. Entretanto, do mesmo modo que a garota que transformou o flog dos gatos em homenagem ao pai falecido, não pude deixar de fazer meus desabafos aqui, no espaço que tenho disponível. Fiz muitos parêntes para aqui expor minhas angústias, principalmente depois da morte de minha mãe.

Nossa... Acho que os mistérios são tantos que até a Esfinge ficará com dor de cabeça.
Um dia todos saberão da verdade, quando resolver que chegou a hora de me consagrar como escritora. Ainda nao decidi o veículo. Quem sabe, consigo um esquema com meu amigo novelista. Aí, nao poderá ser em forma convencional, com narrativa linear. Quem sabe, criaremos uma nova linguagem, em que textos da telinha se intercalarão aos acontecimentos. Afinal, um fato é que nunca se leu e escreveu tanto quanto agora.

Planos fervilhantes! Tenho que encontrar esse novo caminho profissional. Percebo que não poderei continuar a vender blocos de papéis por muito mais tempo.

Mas... o que será que aconteceu com o Professor? Serão tarefas de final de semestre? Serão problemas familiares ou de saúde? Ou simplesmente nao tem acesso à internet depois que deixou o trabalho na sua FM? Bom.. espero que sua memória ainda o remeta alguma vez a este blog...

Ao falar em professores, me lembro de outro professor que nao quer ser assim identificado, embora pareça ser essa a sua principal atividade. Li chegou de Campina Grande falando de carne de sol, bode, cuscuz e muito forró por conta de São Joao. E já prepara uma expedição para julho. Ai que inveja! No bom sentido! Como ele nem vem mais ler este blog, só saberá ao vivo da surpresa que estou lhe preparando. Eh, eh, eh!



terça-feira, junho 14, 2005

vida e arte

Vida imita a arte? Arte imita a vida?
"A vida real é mais incrível que novela!" - disse Agnaldo Silva.
A gente sabe de tantas histórias cabeludas, envolvendo incesto, estupro em família, etc. Estão a toda hora nos noticiários policiais. Sem falar em tantos casos de pedofilia...
Esta semana soube de uma conhecida cujo marido tentou se matar com vodca e lexotan. Depois da lavagem estomacal, o cara disse grogue: "descobriram tudo a nosso respeito". Que era tudo? Um romance com a enteada, que já dura 8 anos, desde que esta fez 18. Nessa família, parece que a única pessoa sensata é o filho caçula, de 13 anos, que quer saber como será a vida dele sem o pai e a irmã que garantiam o sustento da casa. Ele e a mãe não têm rendas.

segunda-feira, junho 13, 2005

Santo Antônio

Hoje é dia de Santo Antônio. Quem me relembrou a data foi meu amigo Eduardo, logo cedinho, num daqueles maravilhosos e-mails. Transcrevo minha resposta a ele:

" Não sou católica, mas adoro santos. Principalmente Santo Antônio e São Longuinho. A eles imploro cada vez que perco alguma coisa. Sem me lembrar da data, ontem mesmo, implorei a Santo Antônio que me ajudasse a encontrar a impressora nao localizada (piada, sim.. mas funcionou!). Nessas horas, sempre me lembro do meu famigerado Santo Antônio dos Silícios Perdidos, versão mais moderna de Santo Antônio de Categeró. O santo antendeu minhas preces e a impressora funcionou numa hora de sufoco.

Hoje reiterarei minhas preces ao Santo Casamenteiro sim. Para que ajude a preservar a paz em todos os lares da família. E... por que não? Talvez reservar alguém para um amigo dito solteirão. Será uma tarefa dificílima, visto o refinamento, senso crítico e a dedicação à família maravilhosa com que foi contemplado ao nascer. Integrar-se a esse núcleo não é tarefa para qualquer mortal. Entretanto, uma companheira poderá ser boa opção na idade mais madura. Para desfrutar de toda sabedoria adquirida, para observar o mundo por outrosângulos também.. .Quem sabe? Santo Antônio não foi ameaçado de castigo, mas fica sob promessa de uma edição aprimorada com todo meu carinho se isso acontecer!

Também pedirei a Santo Antônio um genro adequado. Que traga a felicidade de minha filha querida. Pedirei a ele que me ajude a conduzir em paz, com um pouco mais de prosperidade a luta sempre cheia de dificuldades na minha vida "conjugal". Que me ajude a preservar este lar e continuar na luta... sempre contemplada por paixões e amores, ora eventuais, ora nem tanto. Nesse aspecto, reservo uma prece de gratidão por tudo que esse santo tem me ofertado. A Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua, consagrarei meus pensamentos positivos neste dia, sim! Tive a sorte de passar muitas e muitas vezes pela fila de suas oferendas, recebendo pãezinhos recheados de prosperidade e amor!"


Final de semana foi botando a bagunça em ordem, depois que a minha filha chegou com aquela montanha de roupas sujas de terra. Veio esfolada, ralada, cansada e com sono em atraso, mas sem graves problemas. Tive de trocar a água do tanquinho umas 5 vezes e me considerei vitoriosa diante dessa simples batalha. Novamente, me lembrei de minha mãe, que se dizia maravilhada e agradecida diante da torneira que jorrava água abundante, em 1970, quando nos mudamos pra cidade. Enquanto enxaguava as roupas, maravilhada com efeitos do sabão em pó, ela costumava relembrar dos tempos difíceis em que tinha de puxar água do poço e lidar com barras de sabão de pedra, feitas em casa. Talvez por ser a tarefa que mamãe mais gostava de executar, nunca aprendi a lavar roupa muito bem. Só agora estou vendo o que é roupa suja de verdade e o quanto é difícil deixar uma f arda completamente imaculada. Nenhuma mancha é perdoada. Quando tiro-as roupas do varal e vejo que está tudo lindo, sinto-me vitoriosa, sim. Nem me sinto diminuída ao ter de dedicar finais de semana a serviço aparentemente tão pouco nobre...

Não se preocupe, Esfinge. Mãe é mãe. Tudo igual. Preocupada e alivida.

Tenho bons prognósticos. Veja http://soumaiseu.blogspot.com/2004_01_25_soumaiseu_archive.html