sábado, junho 25, 2005

novo sonho

Há algumas semanas que não tinha desses sonhos. Só me lembro de um flash com meu irmão mais velho.

Esta manhã, já com o sol surgindo, sonhei com minha mãe, na casa onde ela morou até há uns 15 anos. Tinha a idade daquele tempo e estava se recuperando da última cirurgia. Embora ficasse na cama e não tivesse condições de caminhar sozinha, conseguia se levantar e se meser. Ela nos dizia como queria ser tratada, onde se deitar, que roupas de cama usarmos. No quarto onde estava (que atualmente é ocupada por minha cunhada, viúva do meu irmão número 4) havia um bebedouro. De repente, mamãe se levantou, foi até o bebedouro. Tomou um gole de água e vomitou, ali mesmo. Só água. Em seguida, voltou para a cama. Circulando por ali, estávamos apenas eu e meu irmão número 3, justamente o que foi comigo pela última vez ao hospital onde minha mãe partiu. Acordei por volta das 7h30 mas eu queria continuar o sonho, como que a ver um filme inacabado. Encostei a cabeça no travesseiro e parece que sonhei mais um pouco o mesmo sonho.

De repente, eu estava no apartamento onde morei com minha prima Terezinha, falecida em 79. O apartamento era muito amplo e ensolarado (na realidade era escuro e pequeno). O quarto que dividimos estava muito bem arrumado. Em uma das camas, uma colcha de piquê rosa que eu comprei na 25 de Março e do qual me lembro muito bem. Conversávamos e arrumávamos o lugar.

Acordei quase 9h30, com uma sensação boa, de noite muito bem dormida e descansada.

sexta-feira, junho 24, 2005

não dá pra fugir...

... do tema que tanto nos incomoda. Só olhar pras revistas semanais e noticiários.

Comentário de Eduardo sobre a triste situação que vivemos:

"É bom nunca perdermos a perplexidade perante os fatos, principalmente os últimos, voltados à corrupção que está infiltrada em nossa cultura. Sinal que ainda resta algo de bom em nossos corações. É triste o sentimento de impotência em virtude da impunidade."

* * * * * *

Comentei com aquela velha amiga sobre o aparente desinteresse pelo Orkut. Resposta dela:
"Quando tenho tempo, prefiro me dedicar a outras coisas".
Hmmm... ah, tá! Todo mundo tem opção de escolher a que se dedicar quando sobra tempo... Quase sempre. Ainda bem, né?

quinta-feira, junho 23, 2005

devagar

Ando muito devagar. Conseguirei vencer a corrida contra o mês, mas apenas na segunda. Desacelerei um pouco agora pois vi que não vai dar pra ser amanhã. Paciência.

Tenho saído pouco, apenas lido bastante. Estou em 3/4 de "Irmãs Makioka", um dos presentinhos de Dia das Mães. Vejo muitos defeitos na tradução e nas explicações de rodapé, mas a historinha é interessante.

Também perco um tempo danado ao acompanhar os acontecimentos políticos. Sei que é perda de tempo, mas não dá pra ficar totalmente à margem da História. Não consigo mesmo captar o que acontece de fato. Tudo muito estranho... Sinistro!

Sinto falta de conversar mais com os amigos. Mas ando indo buscar lã e voltando tosquiada. Acabo ouvindo, ouvindo, ouvindo... Sem chance de contar de mim! Deve ser o momento de escutar mesmo. Depois... alguém disse que devemos escutar mais do que falar. Por isso temos dois ouvidos e uma boca. Faz sentido...
Dentro dessa lógica, pelo menos tenho 10 dedos pra digitar... Por isso escrevo tanto, né?

quarta-feira, junho 22, 2005

Política

Confesso que fico tentada a comentar aqui os últimos acontecimentos políticos.

Mas seria muita baixaria, falta de consideração com meus 5 leitores.

Além de trazer muita tristeza...

Esperança? Onde anda você?

Leitores fiéis

O Professor de Literatura escreveu. Disse que me mandou e-mail mas percebeu que eu não recebi porque leu este blog. Bem que eu achei que leria. Pelo menos por curiosidade profissional, embora nem tenha pretensões tão profissionais assim e seja ele causa de certa inibição para mim.

Estava preocupada com a saúde dele. Ainda bem que não foi esse o problema. Suas prioridades não incluem um novo computador, por isso está com acesso restrito à internet. Estamos em tempo de fazermos opções. Eu também. Muitas escolhas têm sido difíceis mas necessárias. Porém, não devo reclamar. Sou uma pessoa privilegiada pela sorte, sim. E tenho esperanças de ser ainda mais. Algo de especial está pra acontecer. Sinto isso...

Falando em leitores fiéis e blogueiros... Não posso crer que Luiz resolva se esconder e me descartar! Pelamordedeus, manda notícias! Será que você ficou famoso e teme ser perseguido por amigos interesseiros?

Aqui fica também um recado para "Barão":
Não me esqueci de você, lindinho... Só estou correndo atrás de urgências. Acredito que vez ou outra você também passe por aqui! Não são desculpas esfarrapadas... Quando puder sair à noite novamente... me aguarde pra aquele chocolate quente!

terça-feira, junho 21, 2005

razão e emoção

Continua difícil gerenciar o tempo e contrabalançar razão e emoção. Queria dar um trato no cabelo. Mas onde vou arrumar duas horas pra uma henna aplicada em salão escutando abobrinhas, tantas "verdades" das madames? O jeito é curtir o frio aqui com uma toquinha de plástico e aquele barro na cabeça. Por isso que nao tenho webcam!

segunda-feira, junho 20, 2005

chuva e inverno

Inverno começa amanhã e parece que a frente fria que havia se perdido encontrou o rumo de sempre: a velha terra da garoa. Mal consegui me dar conta de que já havia amanhecido quando deparei com o cinza quase chumbo na janela.
Na madrugada de ontem, minha filha ligou chorando:
"Não vou voltar pra casa. Mãe, tô tão sozinha..."
Cortou o coração. Mas falei: "concentre-se no silêncio da noite e tente tirar proveito dele. Você poderá dormir tranquila..."
Era quase meio-dia, quando ela chegou e olhos inchados. Pediu ao pai lugar no sofá. Lendo jornal, ele não deu bola. Ela insistiu, ele nem falou nada. Continuou deitado no lugar que ela queria. Ela perdeu o controle, ou melhor, jogou o controle remoto da tv e foi pro quarto, chorando.
Eu comentei algo como: "Vc não faz idéia do que é ter uma noite dura de trabalho, chegar estressada em casa... eu sei bem o que é isso... Me lembro de chegar exausta de um plantão e ainda encontrar casa pra arrumar, não ser bem tratada".
E ele com cara de saco cheio, do tipo: "Lá vai começar..."

Chorei. Chorei muito. Lágrimas sentidas ao ver minha filha soluçando. Perguntei se tinha fome, disse que sim. Aprontei o almoço e levei pra ela, na cama. Expliquei a ela que nem todos têm sensibilidade até mesmo para perceber olhos inchados. E ela fora mal-educada também... Soluçando, ela almoçou. Deitada e com edredon na cabeça, parecia uma criancinha que apanhou... Mimei, sabendo que talvez não fosse a melhor coisa a se fazer. Mas colo era tudo que eu podia oferecer...
E eu me lembrei das vezes em que solucei até dormir, trancada no quarto, depois de uma bronca de papai. Doía muito. Por vezes, cheguei a odiá-lo.
Lembrei-me também do desalento, desamparo, desgosto ao dar com minha mãe em mais uma crise de depressão que a derrubava na cama. Voltava pra casa cheia de roupas sujas, esperando uma comidinha gostosa... e eu é que tinha de ir pro tanque, pra depois tentar algo na cozinha. Meu pai fazia o que podia, com sua falta de jeito. Mas caprichava nos poucos pratos que cozinhava com tempero incoparável. Quando esfriava um tiquinho, minha presença em casa era boa desculpa pra preparar o banho japonês de que ele tanto gostava.
Tenho saudades... Que saudades!
E então, reunindo os poucos ingredientes que tinha em casa, fiz sushis pra minha filha. Demorou um pouco, mas logo ela se recuperou e ficou em paz com o pai... me pediu pra fazer mais pra levar. Atendi o pedido e a paz voltou. Ela foi embora dócil... Nem pai nem filha se desculparam, mas ficaram se agradando. Ainda bem!


Almas gêmeas

Hoje mudo a rotina noveleira. Vou prestigiar meu velho amigo às 18 horas. Ele, que vê o mundo quase como minha alma gêmea.