quinta-feira, outubro 20, 2005

Falta gente pra conversar

Ai que saudades dos áureos primórdios da Internet quando estávamos no Jardim de Infância virtual!
Tudo era novidade, tão poético...
Ainda me lembro da primeira vez que conversei com um ser do exterior, no velho e bom Freetel.
O nome dele era Juan. Fiquei emocionada. Era um eletricista autônomo, de Madri, e tinha uma namorada no México.
E Juan me percuntou:
"Tienes micro"?
Eu pensei que fosse microcomputador e respondi:
"Evidente que si!"
E ele:
"Tienes un rato"?
E eu, achando que se referia ao mouse:
"Mas é claro... por que me fazes essas perguntas?"
Parece piadinha. Mas juro que rolou esse papo mesmo.

Faz um bocado de tempo que não conheço alguém pela internet. Ontem fui a um daqueles sites de amigos virtuais e achei mais de 100 mensagens. Espiei uns 50 e perdi a paciência.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Sem crises?

Infelizmente não tenho casos pitorescos para relatar. Não significa que eles parem de ocorrer. Acho que tudo é uma questão de senso de humor. O meu não anda lá essas coisas. Estou cansada de "ouvir" pessoas com soluções tiradas da manga do colete. Todo mundo tem sua receita para crises, sejam pessoais ou não.

Acho que, apesar de tudo, estou contornando bem minhas crises. Gerenciando-as melhor sem remédios químicos. Meu nível de tolerância baixa a cada dia. Mesmo assim, continuo eterna Pollyana. Otimista sim. Alguma coisa boa há de acontecer. Os contratempos do mês são por conta da minha quarentena astral. Tudo há de melhorar. E há de ser em breve!

Minha filha foi assaltada na quinta após o feriado. Confesso que fiquei um tanto abalada. Não nos conscientizamos do perigo, dos riscos, até que aconteça com alguém próximo da gente. Em quase 30 anos de Sampa nunca fui vítima de assaltos. Só duas vezes fui atacada por trombadinhas que tentaram surrupiar a mesma bijuteria. A correntinha vagabunda rebentou e o ladrão não levou nada. Estar cara a cara com alguém nos ameaçando é assustador. Mesmo quando se trata de uma criança de não mais de doze anos. Foi uma pivete franzina quem abordou minha filha pouco antes das seis da manhã. Felizmente a vítima manteve a calma e se saiu bem. Entregou apenas o dinheiro.

Procurei tranquilizar minha filha, mas temi que o acontecimento desse maior nó na cabecinha dela. Felizmente isso não aconteceu. Só embaralhou a minha cabeça. De repente fui tomada por uma paranóia que nunca tive. Só mesmo o tempo pra me resgatar a tranqüilidade.

Situação irônica, né? Pois é... Policiais são vítimas de assaltos do mesmo modo que médicos ficam doentes.

Sonhos com gente desconhecida

Sustentar um blog durante mais de quatro anos não é fácil. Tem muitos dias em que não dá vontade de falar nada. Ou os assuntos parecem não interessar a ninguém...

Ruth (nome fictício, como sempre), que só me conhece pela Internet, sonhou comigo. No sonho, a gente se encontrou num lugar semelhante ao Centro Cultural Banco do Brasil e eu dei a ela minha senha para que fizesse alterações no meu blog. Eu também já sonhei com pessoas que nunca vi ao vivo. E já acertei na minha construção da personagem. Acho isso muito legal, embora minha crença em sonhos fuja às convenções.

terça-feira, outubro 18, 2005

Contratempos

Desde o feriado, perdi o pique para escrever aqui.
Depois de levar um susto, na quinta-feira cedo, fui à tarde ver uma minissérie japonesa. Saí da sala de exibição e detonei uma baita enxaqueca que me deixou zonza. Quando voltei e liguei o computador, ele começou a aprontar. Tentei arrumar um sistema com a cabeça latejando. Imaginem o que aconteceu, né? Danou tudo! Resultado: fiquei sexta o dia todo reconfigurando tudo. Terminei à noite e... nada de acertar a maldita placa de rede! Entrei com outro computador, mas não tive saco de blogar.