sábado, outubro 15, 2011

Hiatos

Desde o Dia dos Pais que não encontro nada interessante para postar aqui.


Não quero protestar sobre um assunto recorrente que me perturba a alma. Aliás, são dois assuntos. Porém, no que se refere à alma, estou cuidando dela. Afinal de contas, aproxima-se outra data importante, ou melhor, uma série de datas: Dia das Bruxas, Dia de Todos os Santos (meu níver) e Finados.


Desde que me conheço por gente, Finados se tornou um evento muito marcante na minha vida. Dia de ir ao cemitério sempre foi uma data muito festiva.  Dia de calor, de chupar sorvete de groselha, coco queimado e melancia! 


Nos meus primeiros anos a homenagem se restringia ao meu avô, falecido 6 dias antes de meu primeiro aniversário. Dizem que, apesar da tristeza daquela data, eu tive direito a uma pequena comemoraçao.


Depois, me lembro de ter ido com minha avó e meus pais conhecer o   túmulo que meu pai adquiriu para ali sepultar a família. Acho que eu tinha 4 anos. No finados seguinte, minha avó já estaria ali para receber também homenagem no dia dos falecidos.


Não me lembro de festas ou presentes especiais nessa fase de minha vida. Não fizeram falta. Mas me lembro de finados.


Depois, se passaram 16 anos antes que se incluísse novo homenageado em nosso restrito círculo familiar. Ao grupo, juntou-se meu pai quando eu tinha 21 anos.  E depois disso, mais 19 anos, até se incluir o primeiro da outra geração. Foi o meu irmão mais velho. Infelizmente, a decisão foi tomada pelo próprio, voluntária e conscientemente. Ninguém entendeu o porquê.  Quatro anos depois, outro irmão, após brava resistência contra um câncer que o derrotou. Mais dois anos e chegou a vez de minha mãe, de modo inesperado, apesar de 20 anos além da idade com que partiu meu pai...


Com esse "currículo" agora extenso, tenho muita gente em quem pensar no próximo feriadão.